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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Romance

O Romance, gênero literário narrativo, em sua origem, denominava o texto dotado de um exagerado sentimentalismo.

Observa-se que há no Romance (de todas as épocas) uma busca incessante pela pintura da realidade. Utilizam-se de personagens fictícios, vivendo acontecimentos imaginários (e às vezes não)dentro de um contexto social e histórico real.

O interlocutor reconhece naquela produção uma realidade da qual ele compartilha e se vê no lugar deste ou daquele personagem. Então toma para si todas aquelas verdades carregadas pelo protagonista fictício e passa a tratá-las como se pertencessem a ele, interlocutor. Dessa forma, a análise da existência e comportamento humanos é ponto fundamental no gênero Romance.



Com o advento de novas formas de comunicação e de novas tecnologias cada vez mais ao alcance de todos, o gênero vem ganhando novos contornos desenhados pelos escritores modernos.


Uma historia de amor


Era apenas um sonho. Um sonho incrível.

Estava na escola, em Nova York, estava tudo escuro. Andava pelos corredores. Não tinha nada, tudo estava neutro. Andei, andei e andei, encontrei uma sala, com uma pequena luz. Era uma vela. Dentro da sala havia um garoto lindo, perfeito, tinha olhos verdes e com certeza uma bela boca.

- Quem é você? O que você está fazendo aqui?- Perguntei

- Jackson. Qual é o seu nome garota?- Perguntou.

Demorei muito para responder, pois eu não lembrava meu nome.

-Luizza Castellan. O que você está fazendo aqui?- Perguntei. Precisava saber o que ele queria.

- Luizza... Hum, estou esperando você Luizza!

- Para quê? Posso saber Jackson?- Perguntei. Queria saber, eu precisava saber.

- Para dizer que eu te amo, Luizza. Para falar que eu amo você.

Fiquei sem palavras, meu coração batia muito forte, minhas pernas tremiam não conseguia formular uma resposta para aquilo, então eu simplesmente perguntei:

- Me ama? Como você pode me amar se você nunca me viu?

Ele olhava para mim como se eu fosse uma louca.

- Não posso acreditar... Você não se lembra de mim?- Perguntou.

A única coisa que eu consegui dizer foi um “não”, bem baixinho. Sentia vergonha, pois eu não me lembrava dele... Não lembrava nada.

- Luizza... Eu sou aquele a quem que você sempre amou, mas eu estou um pouco diferente, estou alguns anos mais velho.

Havia me lembrado. Perseu era o nome pelo qual eu sempre o chamava. Olhei para ele. Diferente, muito diferente. Ele havia estudado comigo, eu o amava muito, e agora ele estava ali, falando que me amava. Ele seria o grande amor da minha vida. Sem pensar disse:

- Por que você realmente está aqui? Se você me ama... prove!

Nunca achei que ele pudesse fazer o que fez, nunca. Ele estava realmente lindo. Ele veio andando até mim. Meu coração saía pela boca. Eu não conseguia fazer nada, parecia que ele era a minha alma, meu sistema nervoso, minha vida. Quando chegou perto de mim, disse:

-Quem ama, confia!

Então, ele me beijou. Simplesmente me beijou. Meu coração bateu muito mais forte. Eu o amava tanto que parecia que minha pequena e inútil vida estava acabando.

Nesse momento, o despertador tocou. Era apenas um sonho. Hora de ir para a escola e continuar minha pequena vida, sem meu grande amor.



Texto de Ana Luísa Soalheiro

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